sábado, 17 de abril de 2010

Lápide Viva




Sob um céu cinza e branco
Chove agora torrencialmete
A enxurrada de água suja
Arrasta o que vê pela frente

Com sua força devastadora
Por entre as gélidas lápides
Lá se vão os cravos e as rosas
Lembranças que você deixou

A ventania traz o cheiro da morte
Agora consigo ver o meu corpo
Que jaz desdobrado num canto
Mas a última lágrima ainda escorre

Um rosto marcado pelo tempo
Um tempo que ficou pra trás
Um passado ainda latente
Um presente que não existe mais

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